O presidente da Renamo, Ossufo Momade, está a organizar manifestações “pacíficas” em Moçambique, a partir de 17 de Outubro, contra o que afirma ter sido a “fraude” nas eleições autárquicas.
As comissões distritais e províncias de eleições moçambicanas divulgaram nos últimos dias resultados do apuramento intermédio da votação em pelo menos 46 municípios, sendo que a Frelimo, no poder no país, venceu em 45 – a generalidade fortemente contestada pelos partidos da oposição e observadores da sociedade civil – e o MDM manteve a Beira, província de Sofala.
A Frelimo foi anunciada vencedora em Maputo, a capital, em Matola, a cidade mais populosa do país, mas também em Nampula, a ‘capital’ do Norte, e em Quelimane, capital da província da Zambézia, estas duas lideradas até agora pela Renamo.
A Renamo quer exigir à CNE “um esclarecimento público sobre os vários ilícitos cometidos perante o seu olhar impávido e sereno” e que pretendem “responsabilizar os órgãos eleitorais pela má gestão e condução do processo eleitoral”, além de “requerer uma auditoria sobre a proveniência e a autoria dos boletins paralelos usados e vencimento das urnas”, disse, Ossufo Momade.
A Ordem dos Advogados de Moçambique também já se manifestou no sábado a avaliar o cenário com “profunda preocupação” face ao “elevado nível de violência” após a eleição autárquica de quarta-feira, que “revela um descrédito nas instituições que administram o processo eleitoral”. In CK