JOEL LEONARDO JÁ DESVIOU 975 MILHÕES DE KWANZAS
Passados seis meses, o Presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo, ainda não devolveu mais de 400 milhões de kwanzas desviados dos cofres públicos no período de 2020 a 2021. Novos dados indicam que este valor subiu para 975 milhões de kwanzas.
Um memorando da PGR enviado ao Presidente da República em 13 de abril deste ano apresentou um mapa provisório de reintegração financeira de fundos desviados por Joel Leonardo, que até o momento o estado angolano não conseguiu recuperar, e também não houve responsabilização judicial.
Os fundos provenientes da conta do Tribunal Supremo, mantida no Banco de Comércio e Indústria (BCI), foram usados para efetuar pagamentos a empresas pertencentes a membros da família de Joel Leonardo, assim como uma transferência de 21 milhões de kwanzas para sua própria conta pessoal (IBAN AO06 0010 0401 0031 9172 0117 5) no Banco de Poupança e Crédito (BPC).
Os 400 milhões de kwanzas foram transferidos em quatro operações da seguinte forma: (1.ª) 267 milhões desviados do Tesouro em um período de três meses; (2.ª) 122 milhões de kwanzas para empresas de membros de sua família; (3.ª) 30 milhões de kwanzas de um segundo salário que ele se atribuiu indevidamente durante seis meses; (4.ª) 2 milhões e 862 mil kwanzas para pagamentos irregulares da taxa no condomínio Vila Mar.
Em junho passado, a PGR enviou ao PR um outro relatório atualizado indicando que os valores desviados por Joel Leonardo teriam subido para mais de 975 milhões de kwanzas. Destes valores, o Juiz Presidente do Tribunal Supremo transferiu indevidamente 376 milhões de kwanzas para a empresa de limpeza MAIVA – Gestão e Investimentos, Lda, pertencente a Ana Domingos Gamboa, irmã da esposa de Joel Leonardo.
A MAIVA - Gestão e Investimentos foi registrada em 6 de março de 2015, em nome de Victor Domingos Malutidi e Valdano Humberto de Jesus Canjinji. O sócio formal Valdano Canjinji é filho de Nelson Canjinji e de Ana Domingas Gamboa, irmã de Isabel Domingos Gamboa, esposa de Joel Leonardo.
O Presidente angolano João Lourenço iniciou uma campanha contra a corrupção em Angola após assumir o cargo em 2017. Lourenço tem sido criticado por não ter conseguido conter a corrupção que se tem espalhado no Tribunal Supremo. In Club-k
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