O presidente da CASA-CE admitiu nesta segunda-feira, 09, a possibilidade do fundador da coligação política Abel Chivukuvuku voltar a integrar a liderança da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE).
Em entrevista ao programa Ponto e Vírgula, da Rádio Correio da Kianda, Manuel Fernandes defendeu uma revisão nas estruturas da coligação que dirige, por entender, segundo referiu a estação com a frequência 103.7 FM, ser necessária a recuperação da imagem da coligação.
“Se tivermos capacidade e maturidade, de fazer com que possamos revitalizar a casa, conferindo-lhe a dinámica anterior que tinha, porquê que nós não podemos estar abertos e apoiar. Estamos sim senhor abertos a apoiar”, respondeu, Manuel Fernandes, após ser questionado sobre uma possível eventualidade da entrega do leme da CASA-CE a Abel Chivukuvuku.
Questionado se estaria descontente com o actual Governo, na sequência do recente “descalabro” eleitoral que deixou a sua organização fora do Parlamento, o político negou, mas revelou discordância com os últimos resultados eleitorais de 2023.
“Fizemos todo trabalho, tivemos que fazer a nossa reclamação, tivemos que recorrer aos órgãos, quer seja a CNE, quer seja o Tribunal Constitucional, porque tínhamos provas materiais que estávamos a ser batotados”, disse, acrescentando, por outro lado, não ser possível pelo trabalho feito durante toda campanha eleitoral, dos resultados obtidos das últimas eleições, a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), sair da posição de terceira maior força política de Angola, para zero.
“A CASA-CE não sairia de terceira força política, seja com que número de deputados tivesse, primeiro, é que não teríamos um número inferior a quatro deputados, aquilo que é a lógica, e pior disso, é não estar no parlamento, ressaltou.
Durante a entrevista, o dirigente reconheceu ter havido erros no seio da coligação em vésperas das últimas eleições e apontou as crises internas como elementos que ditaram os últimos resultados, da Convergência Ampla de Salvação de Angola.
“As próprias crises internas que CASA-CE viveu não ajudaram, por outra, também, tivemos a questão da feitura das listas que nunca se consegue satisfazer a todos, mas no entanto tivemos um grande grupo de militantes que sentiram-se satisfeitos”, revelou. In CK