Na minha visão, no âmbito da qual não faltaram alertas prévios sobre a situação grave que poderíamos viver (e vivemos) hoje, no essencial, o responsável por isso é PR JLo, que escolheu a via da confrontação contra tudo e contra todos, dentro e fora do seu MPLA.
Quando vejo membros do MPLA a aflorar defesas a favor do indefensável e a ver as coisas ainda como uma derivação do diferendo MPLA/UNITA-Oposição, só posso pensar que estamos em presença de um flagrante fingimento. E quando é assim, as coisas irão de mau a pior. É o MPLA a candidatar-se a desaparecer da história política de Angola, o que até não seria tão desesperante. O país em primeiro lugar. Desesperante é destruir a vida das pessoas, como está a acontecer. E com o concurso, por constrangimento, do que há de melhor das nossas instituições colectivas e individuais: elementos da nossa polícia armada até aos dentes contra manifestantes pacíficos, os nossos tribunais que já tiveram um nível razoável, intelectuais como um tal de Pakissi (não o Albino) e pérolas do jornalismo como o Ernesto Bartolomeu, a serem obrigados a fazer aquela sujeira que vi ontem, na noite na TPA. Haja um mínimo de coragem, dentro do sistema que nos governa, especialmente depois desta paz de armas de fogo. E o PR JLO deve rever urgentemente as suas convicções e sobretudo práticas. Não acredito que padeça do síndrome de nome descabelado, que cientistas de um ramo especializado identificam em certas pessoas que chegam ao poder, segundo afirma José Gama do Club K.
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