"Destruíram bens pessoais e, com os danos morais causados, haverá uma ação competente. Além disso, vamos instruir o processo para responsabilizar os agentes sobre as agressões que muitos sofreram", informou.
Demolições
Enquanto isso, as famílias desalojadas queixam-se de não ter para onde ir, dias depois das suas casas serem demolidas. Lembram que as residências foram demolidas sem qualquer aviso prévio.
"Estou desalojado, não sei onde posso ir passar a noite", afirmou um cidadão.
As autoridades justificam que iniciaram, a 27 de maio, a demolição das residências na zona do Bucula por estas terem sido erguidas de forma "ilegal". Ressaltam ainda que, a breve trecho, vão requalificar a zona, que fica ao lado de uma centralidade e de um hospital, com projetos sociais.
Os críticos olham para o projeto com ceticismo, pois duvidam que a população afetada seja compensada.
Ao mesmo tempo, o analista Teixeira de Andrade considera que as autoridades têm de dar mais explicações à população sobre o que aconteceu no sábado: "O relato que temos das pessoas que estavam lá no Bucula é que um jovem saiu em coma e nem conseguia ser reconhecido, porque foi espancado pela própria polícia", diz. Angola Transparente