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Confissões de um Estadista: “As falsas confissões imaginárias da esposa do Dr. Benja Satula”, diz Maria Luísa Abrantes


A ex-mulher do ex-presidente da República José Eduardo dos Santos, com quem teve dois filhos, Coreon Dú e Tchizé dos Santos, após sua filha Tchizé manifestar o seu desinteresse pelo livro, Maria Luísa Abrantes manifestou a sua posição considerando o livro "Confissões de aestadista" como sendo falsas confissões imaginárias da esposa de Benja Satula.


POR: Maria Luísa Abrantes

AS FALSAS “CONFISSÕES” IMAGINÁRIAS DA ESPOSA DO DR. BENJA SATULA

Qualquer cidadão é livre de escrever o que lhe vai na alma (liberdade de expressão) , desde que respeite a privacidade de cada um e a verdade , ou deixe claro que escreveu baseado em pesquisa, ou ficção.

Não li, nem tenho curiosidade em ler o livro das falsas “Confissões” do Presidente José Eduardo dos Santos, cuja autoria é da Mestre Solange Faria, com redação e possivelmente contribuição , do seu esposo, o Professor Doutor Benja Satula, que muito respeito como acadêmico e como nacionalista . Porque o amor é cego e porque o Doutor Satula acredita que os espíritos falam sempre que são chamados, acredita na versão da sua esposa.

Pelos extratos do livro que circularam pelas redes sociais que li , ainda que eu respeite quem acredite em espíritas, como em qualquer religião (liberdade de religião), porque admito que a mente humana e a energia são ainda uma incógnita, mesmo assim percebi, que o livro é de alguém que necessita de atenção e quer chamar à atenção.

Todavia, nessa ânsia, limitou-se a apenas pesquisar sobre aspectos políticos pôs independência e teve material suficiente para o fazer, pois o Presidente José Eduardo dos Santos , governou durante 23 anos de guerra e 15 anos de paz .

Porém, a autora para além da sua imaginação, descurou completamente aspectos essenciais básicos da maneira de ser e estar na vida, do Presidente José Eduardo dos Santos, a que nem mesmo todos os familiares tiveram acesso, de um homem não apenas de fino trato, mas de um diplomata nato, que tanto apreciava a musica clássica, como o Kituxi e seus acompanhantes e outras manifestações culturais e de arte e amava o desporto, sem ter que se esfregar no chão.

O Presidente José Eduardo dos Santos era extremamente discreto, não era expansivo, não se dava a conhecer com facilidade. Mesmo antes de assumir a Presidência do país, não era de fazer visitas , nem de receber visitas, excepto em datas importantes, mas apenas por iniciativa de terceiros, por períodos de curta duração.

Não tinha conversas extra trabalho com os seus colaboradores e muito menos faria comentários com eles, sobre pessoas bonitas ou feias, como pude ler num dos extratos do livro que circula pelas redes sociais . Os seus colaboradores mais directos, que lidaram com ele ao longo de quase todo o seu mandato, infelizmente alguns ainda se mantém de pedra e cal na Presidência da República, sabem bem que o facto narrado pela Mestre Solange seria de todo impossível.

O Presidente José Eduardo dos Santos, era um pai extremoso , que dava banho, vestia e penteava os filhos(as ), mas nunca tratou a sua filha primogênita por Bela, nem por nenhum outro diminutivo, mas sempre por Isabel, da mesma a forma que tratava a” mana Isabel”, sua irmã mais velha e xará, de quem deu o nome.

Não quis ler mais extratos do livro que circulam, porque não poderia esperar melhor, depois da autora do livro me ter dito recentemente, na única vez que tive a oportunidade de falar com ela brevemente, que foi o Presidente José Eduardo que escreveu o livro e não ela, usando-a porque sempre que ela queria ele falava com ela.

Significará que o Presidente José Eduardo dos Santos teve que morrer, para ela falar com ele, já que não conseguiu falar com ele em vida?

Estudei três anos de Psicologia Aplicada e, pela breve conversa que mantive com a autora do livro , com o devido respeito que como colega e mulher merece, fiquei com a sensação de estar perante uma pessoa possivelmente manipuladora, sedenta de atenção e de reconhecimento e aprendiz de psicógrafa .

Não teria sido melhor ter substituído o título por” Ilações” em vez de ” Confissões” , ou até em vez de referir ” psicografia” ter preferido “ficção “? Seria mais ético.

Confissões de um Estadista Eng. José Eduardo dos Santos

Maria Luísa Abrantes