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Em um país onde há uma variedade de escassez de serviços e produtos, a criação de um negócio rentável e escalável acaba sendo a melhor alternativa - Manuel Santos


No último inquérito realizado pelo INE, Angola registou uma taxa de desemprego de 29,6% no quarto trimestre de 2022, uma redução de 1,2% face ao terceiro trimestre e de 10% no ano. -em termos anuais. E a população desempregada com 15 e mais anos foi estimada em 4.921.440 pessoas, das quais 2.428.435 eram homens e 2.493.005 eram mulheres. É preciso voltar ao segundo trimestre de 2019 para encontrar uma taxa inferior a 30%, quando o indicador passou a ser calculado trimestralmente.


No meio das várias dificuldades que certas famílias angolanas enfrentam para satisfazerem as suas necessidades só com o salário de uma entidade empregadora, e nalguns casos jovens desempregados, o Mentalista Manuel Santos disse à Hold On Angola que a criação de um negócio é uma alternativa, mas aconselha primeiro identificar habilidades e, em seguida, usá-los como instrumento de trabalho para angariar alguns recursos financeiros.

Manuel Santos é um jovem dotado de qualidades, competências e conhecimentos que podem gerar benefícios para muitos. Trabalha com desenvolvimento humano e empresarial, onde através de Workshops, palestras, mentorias e treinamentos busca agregar valor às pessoas que procuram seus serviços. Segue - se...

HA: Sabemos que no dia 26 deste mês foi realizado um workshop sobre o tema de como transformar suas ideias é um plano de sucesso. Qual foi o impacto e a satisfação do público durante e após o evento?

Manuel Santos: Bem, a participação teve um impacto positivo e o resultado foi muito útil, o que nos permitiu partilhar os conhecimentos essenciais inerentes ao tema, depois de termos tido um feedback positivo por parte dos participantes presentes no evento.

HA: Sendo especialista em desenvolvimento humano e negócio. Que conjunto de ações, estratégias e práticas podem contribuir tanto para a valorização quanto para o aperfeiçoamento dos colaboradores de uma determinada empresa?

Manuel Santos: Tudo começa com a valorização dos colaboradores, ou seja, reconhecer sua grande importância na organização, reconhecer suas realizações, respeitar os colaboradores e saber ouvir e, por fim, garantir condições humanas e técnicas de trabalho.

HA: “(...) Os livros servem de fonte de inspiração, orientação, direção e aprendizado...Há um adágio que diz que - Quem lê um livro nunca é a mesma pessoa”. Como você justifica essa afirmação?

Manuel Santos: Literalmente, o que lemos se posto em prática transforma-nos.

A leitura pode trazer diversos benefícios, como: ampliar nosso vocabulário, melhorar nossa auto-estima, ampliar nosso conhecimento sobre um determinado assunto e melhorar a nossa capacidade de leitura.

Um livro, é uma experiência, uma história, é uma pesquisa, é uma vida e muito mais...

HA: Em nota publicada nas redes sociais, dizia que onde o acesso ao emprego é difícil, o exercício de uma actividade se mostra a melhor alternativa. É fácil para os jovens empreender em Angola?

Manuel Santos: Empreender não é fácil, nem aqui nem no mundo. Para se ter uma ideia, uma das coisas que o ser humano mais busca é a segurança, e o mundo do empreendedorismo te leva a correr riscos o tempo todo porque entram em jogo outros factores que acabam tornando essa actividade extremamente difícil.

HA: Pois em 2020 o governo angolano havia prometido que o acesso ao crédito seria mais facilitado, mas o que se verifica é a existência de um pequeno grupo de beneficiários e ainda temos o problema da burocratização dos documentos. Como você analisa esse questão?

Manuel Santos: O não cumprimento dos projectos só prejudica o cidadão, atrasando assim o desenvolvimento do país.

Há necessidade de realizarmos projectos funcionais para que cada cidadão possa contribuir para a construção e melhoria do país.

HA: No passado, os angolanos viviam da “mixa” como escapatória para os desempregos, agora o custo de vida é muito alto, a taxa de emprego é muito alta, teriam--nos as “mixas”, só depender do salário, acaba por ser um sacrifício para muitas famílias. Qual seria a melhor estratégia para sair disso?

Manuel Santos: Em uma sociedade onde é cada vez maior a dificuldade de arcar com os custos dependendo apenas do salário, em um país onde há uma variedade de escassez de serviços e produtos, a criação de um negócio rentável e escalável acaba sendo a melhor alternativa.

Além disso, aconselho todos os angolanos a conseguirem identificar as suas competências, e utilizá-las como ferramenta de trabalho para angariar alguns recursos financeiros, caso não tenham alguém que os possa formar com algum conhecimento ou competências que lhes permitam ter um ganho financeiro.

HA: Que conselho daria aos governantes perante a elevada taxa de desemprego em Angola e a burocratização da criação de uma micro empresa?

Manuel Santos: Em primeiro lugar, deve haver um processo de consulta a quem empreende e, por sua vez, percebe as reais dificuldades no sentido de reduzir os excessos de burocracia para a criação de um negócio, sejam eles MPMEs, para que sejam encontradas soluções adequadas. Para isso, contamos com processos simples, menos burocráticos e estimulantes para o autoemprego. Concluiu