MPLA realizou, na segunda-feira, 06, a 1.ª Reunião Ordinária do Bureau Político (BP), na qual foi apreciado o "Projecto de Estratégia para a Comunicação Social Partidária 2023-2026", tarefa que coube a Rui Falcão Pinto de Andrade, na qualidade de secretário do BP para a Informação e Propaganda.
O documento não foi previamente distribuído e consultado pelos demais membros do Secretariado do BP, merecendo críticas de alguns membros presentes na reunião e reprovação por parte do presidente do partido, João Lourenço.
Um MPLA considerado "tecnologicamente atrasado", em que o engenheiro Pedro Sebastião Teta surge como o novo homem forte das tecnologias de informação. Rui é, cada vez mais, um falcão sem asas e em queda livre.
Rui Falcão tomou mais de meia-hora para apresentar aos seus camaradas um dos seus trunfos mais bem guardados, aquele que entendeu chamar de Plano Estratégico de Comunicação Integrada do MPLA para o triénio 2023-2026, com uma comunicação mais virada para dentro do seu partido e com baterias viradas para a promoção e divulgação de um dos seus principais veículos de comunicação estratégica, o jornal ÊME.
Não tendo deliberadamente distribuído o documento aos demais membros do BP para a apreciação prévia, tencionava usar isto como trunfo e causar impacto com aquela que considerava ser uma estratégia alinhada com os desígnios do "comunicar melhor" e das novas dinâmicas de comunicação globais.
O que não contava é que seria energicamente "destrunfado" pelo próprio presidente do MPLA, João Lourenço, bem como por membros do BP, como o jurista Carlos Feijó, o engenheiro Pedro Sebastião Teta e José Carvalho da Rocha (antigo titular do MINTTICS e actual governador do Uíge).
Fonte: Novo Jornal