“Enriqueceram-se e, por via disto, adquiriram patrimónios colocando-os em nomes próprios”, garantem. Para sustentar a sua tese, citou como exemplo o suposto facto de o presidente da Coligação, Manuel Fernandes, comprou uma vivenda, conhecida por M.F, iniciais do seu próprio nome, localizada no bairro Militar, em Talatona, cujo valor no mercado imobiliário está acima de 250 milhões de Kwanzas.
Afirmaram ainda que com parte do dinheiro que se destinava a campanha eleitoral de 24 de Agosto de 2022, Manuel Fernandes adquiriu, em Julho último, um mês antes do pleito, uma viatura Top de Gama, de marca Toyota Lande Cruízer, cor preto, que se encontra parqueada no quintal da sua residencia.
Com a suposta compra desta viatura, avaliada ao preço de compra de 100 milhões Kwanzas, os advogados acham que o político demonstrou claramente que relegou para segundo plano a responsabilidade de liquidar a divida que a Coligação possui com a sua constituinte. “Para além da viatura já usada de marca Lexus, de cor preto, adquirido durante a legislatura anterior, avaliado em 30 milhões de Kwanzas”, acusam..
Os dois acrescentam que, “infelizmente, tal como acima foi dito, tais práticas não são apenas do lider da CASA-Coligação Eleitoral. É, na verdade, extensiva a todos os dirigentes que pelo mesmo oportunismo serviramse dos fundos da Coligação para beneficio próprio”.
Para sustentar a sua acusasão, contam que o mesmo aconteceu com o vice-presidente do PADDA-AP, Manuel Alberto Muanza, que no exercício da sua função de secretário Nacional das Finanças da CASA, por mais de 8 anos, terá adquirido dois prédios urbanos sumptuosos. Um prédio urbano destinado a ser residencia e uma unidade hoteleira, localizadas nos municipios de Belas e de Talatona.
No leque do património do financeiro da CASA-CE, alegadamente adquirido com fundos públicos, segundo os causidicos, consta ainda uma mansão de três andares, onde mora actualmente, localizada no municipio do Kilamba Kiaxi. “Avaliados cada um deles ao preço de 200.000.000.00 a 300.000.000.00 de Kwanzas”.
Incluem ainda na suposta lista de património de Alberto Muanza uma viatura de marca Infinitivy, que adquiriu durante a legislatura anterior, avaliado actualmente ao preço de 29 milhões Kwanzas devido ao seu uso.
Razão pela qual, além do arresto, solicitaram a apreensão das viaturas de marca Toyota Land Cruízer, Lexus e do Infinitiv, localizáveis nas residencias dos senhores Manuel Fernandes e Alberto Manuel Muanza.
“São apenas falácias da referida empresa”
OPAÍS ouviu o vice-presidente da CASA-CE, Alexandre Sebastião André, tendo o mesmo afirma do que a referida empresa não tem nenhum vínculo de prestação de serviço à CASA-CE.
“São apenas falácias da referida empresa. Em fórum próprio poderemos ver esta questão, de resto nós entendemos que esta tal empresa não tem legitimidade de intimar a CASA-CE”, disse. Contactado o financeiro da CASA-CE, Alberto Muanza, o mesm o alegou que desconhece qualquer informação sobre essa dívida referente à seleições gerais de 2017.
Relativamente às acusações de que os líderes da CASA-CE são alvos, com alegações de que se tenham apropriado do dinheiro da Coligação para a construção de património próprio, Alberto Muanza desafia os acusadores a mostrarem onde se encontra o referido património.
“Quem está a acusar os responsáveis da CASA-CE de terem se apropriado do dinheiro da Coligação para a construção de património próprio que prove onde é está o referido património. Se eles viram, que mostrem onde é que está, apontem quem é que fez construções ou que comprou carro próprio. É só mostrarem. Eu desconheço toda essa informação”, disse.
Fonte: OPAIS