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Kamalata Numa rejeita acusações de que a UNITA é “alérgica” a críticas


Aquele antigo candidato a presidente do principal partido da oposição em Angola a reagi à afirmação do analista político Agostinho Sicato que na segunda-feira, 13, disse à VOA que a "UNITA é alérgica a críticas".

Kamalata Numa afirma que essa acusação não tem qualquer fundamento.

“Eu nasci e cresci na UNITA a falar e a dizer as coisas”, responde o general recordando que durante a guerra os soldados e militantes da UNITA ouviam a Rádio Nacional, em conjunto controlada pelo MPLA.

“Eu tenho feito (críticas) você sabe que eu no passado critiquei o o mais velho Samakuva quando era presidente da UNITA e vocês escreveram muito sobre isso”, afirma .

“E onde é que eu estou? Estou aqui!”, lembra Numa.

O general da UNITA diz ainda que “a UNITA tem cultura de abertura sim e essa cultura de abertura é o que fez colocar-se à disposição dos militantes (a tarefa de) encontrar os seus dirigentes”.

Abílio Kamalata Numa acrescenta que pode haver ocasiões em que militantes são expulsos por não respeitarem os estatutos do partido tal como acontece com organizações em todas as partes do mundo.

“As regras estão nos estatutos e se eles não as cumprem passam por consequência”, conclui Kamalata Numa

Entretanto, para o analista político Ilídio Manuel, a postura agressiva e intolerante neste partido vem de alguns militantes da UNITA, e não da sua direção.

“Há uma postura de militantes nas redes sociais bastante agressiva e bastante intolerável em que todos aqueles que tentam criticar a UNITA são conotados com o MPLA mas a direção da UNITA tem outra postura”, afirma Manuel, acrescentando no entanto que a UNITA “já foi uma organização muito mais fechada com o tempo ela abriu-se mas não o suficiente para uma democracia”.


Fonte: VOA