De acordo com vídeos a que agência Lusa teve acesso, pelo menos uma pessoa terá morrido durante os incidentes, cuja autoria inicialmente terá sido atribuída a moto-taxistas que exercem naquela zona a sua atividade, para supostamente reivindicarem melhoria das estradas e contestarem o impedimento do seu trabalho pela polícia.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação dos Motoqueiros e Transportadores de Angola (Amotrang), Bento Rafael, demarcou-se dos protestos, frisando que se tratou de uma iniciativa protagonizada pela comunidade local.
“A reivindicação é de residentes do bairro Uíje, que reivindicam o mau estado da via. Nós no ano passado colocámos uma placa de motoqueiros nesta área para servir as comunidades a pedido das próprias comunidades, porque sabiam que os táxis não atingiam os locais de residência e até mesmo os locais de trabalho para aqueles que trabalham nas empresas desses bairros”, explicou.
Bento Rafael realçou que em Luanda, quase todos os pontos são servidos por moto-táxis, os únicos que conseguem deixar os clientes à porta de casa no interior dos bairros.
Alguns vídeos sobre o incidente têm circulado, e num deles é possível ver uma pessoa no chão, aparentemente morta. Segundo o responsável da Amotrang, trata-se de um menor de 16 anos.
A Lusa contactou a polícia para apurar em que circunstâncias terá ocorrido essa morte e para mais informações sobre o caso, tendo o porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, Nestor Goubel, remetido mais informações para mais tarde.
Também em declarações à Lusa, Vita Francisco, morador nos arredores do bairro Cimangola, contou que os protestos ocorreram na manhã de hoje e que constatou a interdição de vias quando saía de casa para ir trabalhar.
Fonte: Angola 24 horas